Minha história de amor

25-12-2011 18:54

 

Oi, gente. Meu nome é Patricia, tenho 22 anos, moro em Goiânia e, como disse em alguns comentários, depois do carnaval eu viria aqui compartilhar minha história com vocês.

Para começar, tem duas coisas que vocês precisam saber:

1º: Sou evangélica (acho que meio diferente das demais, uns dizem “doida”)

2º: Sempre fui totalmente contra namoros à distância

Eu amo o frio e sempre tive vontade de conhecer o Sul do Brasil. Em novembro do ano passado, um professor meu da faculdade nos avisou sobre um Festival de Publicidade que teria esse ano em Gramado. Fiquei vidrada com a ideia de finalmente conhecer o Sul, mas logo fiquei preocupada porque, pelo que vi, o pessoal vai a esse festival para beber e farrear. E eu não bebo!

Agora entra a internet. Fui a comunidades no orkut buscar meninas que morassem lá e que fossem evangélicas para eu não ficar “boiando” lá. Adicionei duas, mas não me aceitaram. Fui passando as páginas, passando, foi então que uma fotinha com uma boca vermelhinha me chamou a atenção. Como tinha o MSN no perfil, adicionei só o MSN, por receio. Começamos a conversar no início de dezembro. Conversávamos todos os dias, nunca faltou assunto entre nós. Parecia que já nos conhecíamos havia anos; e a cada dia eu me encantava mais com ele. Começamos a trocar mensagens por celular, trocamos presentes de Natal, e no dia 26 de dezembro ele me pediu em namoro.

Na hora, fiquei sem saber o que dizer, fiquei com medo. Namorar alguém que nunca sequer toquei? Pensei no que as pessoas iriam dizer ou pensar. Mas já tinha algo aqui dentro que já o queria muito… Então, aceitei!

Os dias foram se passando, o sentimento aumentando, e junto a vontade de estar com ele, lógico. O tal Festival seria só em agosto, então, um belo dia eu disse: “amor, como agosto vai demorar a chegar, o que você acha deu ir te conhecer no carnaval?” Ele gostou da ideia, lógico, e começou minha saga procurando passagens em promoção. Nisso, eu orando todo dia pedindo a Deus que, se fosse pra dar certo, se ele fosse a pessoa boa que eu achava, que o preço da passagem caísse. Então, em um belo domingo, entro no site da companhia aérea e a passagem que eu só encontrava de R$ 700 pra cima estava por R$573,04. Rá! Não pensei duas vezes e comprei logo as passagens!

Até aí, só minha mãe, irmã e cunhado sabiam da minha ida. Tenho três tias superprotetoras que moram no mesmo lote que nós, e se elas soubessem, com certeza ficariam contra. Como realmente ficaram.

Mês de fevereiro começou, a ansiedade só aumentando, e nos jornais toda semana passava algo do tipo: “Mulher é assassinada por homem que conheceu na internet”. No domingo que antecedeu o carnaval, o Fantástico fez uma mega matéria sobre uma que foi assassinada. Queria que acabasse a energia só lá em casa!

Enfim, chegou a nossa semana, graças a Deus, porque eu não aguentava mais ouvir a frase: “Por que ele não vem primeiro? Você é doida?” O pastor da minha igreja me chamou pra conversar, mas quando viu que não tinha homem na Terra que mudaria minha opinião, só me deu um abraço e disse que estaria orando pela minha viagem. Uma das minhas tias descobriu e veio buzinar no meu ouvido. E como ela falou! Meu Deus do Céu.

Chegou o grande dia: 4 de março. Nem pra academia eu fui de manhã. Trocamos mensagens até a hora em que eu entrei no avião. Não sei se foi ansiedade, ou por ser o primeiro voo, meu estômago ficou horrível daqui até Porto Alegre. A comissária até teve que me dar remédio. Pronto. Duas horas depois, desço em Porto Alegre e começa a tremedeira. Acho que nem quando fui tirar habilitação eu tremia tanto. Peguei minha mala, tentava respirar fundo, procurava-o entre as pessoas, até que o avistei

. Estava lá, lindo, de azul, com suas bochechas rosadas e com um balão de coração na mão (ain, que lindo!). Daí corri pro abraço, demos um beijo daqueles meio tímido/atrapalhado que você não sabe se vai ser no rosto ou na boca.

Fomos pegar o ônibus para ir para Gramado, e daí pra frente foi só alegria. Um final de semana inesquecível. Foi o melhor carnaval da minha vida. Agora é esperar a Semana Santa, que ele vem conhecer minha família.

Espero que tenham gostado da minha história.

Cláudio, meu amor, te amo!